Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 31 de dezembro de 2024

Convenções

Quente é vida
Frio é morte
O que é a sorte?
Talvez, a ferida!
Ou mera ranhura
Na existência escura
Um grito mais forte
Que o ouvido suporte?
Ou seria a dor
De um estanho amor 
Dores e intensidades
Aceitas pelas sociedades?
Respostas não as tenho
Todos os dias me empenho
Em entender as ações 
Resultado das convenções.

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

Instabilidades

Somos espíritos 
Soltos pelo vazio
De noite incertas
Mentes boquiabertas.
Vagas instabilidades
Parecidas com verdades
Que nos sabotam na verdade 
Ao sabor da idade.
Mais jovens, mais instáveis 
Mais velhos, mais sabotáveis 
Nossas instâncias de decisões 
São as instáveis emoções.

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Desvios

A vida é feita de caminhos
No entanto, sempre topamos
Os desvios e desenganos.
E é nos desvios
Que nos fixamos.
E seguimos
E vamos
Ano a ano
Perambulando:
Pela vida
Ano a ano!

Poema do dia 30/12/2024

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sábado, 28 de dezembro de 2024

Fonte

Na fonte, bebi
Sorvi e tomei
E nem sei
O que vivi!
Importa pouco
Lembrar o gosto
Das gotas supremas
Quando me envenenas.
Terra-mãe pedra
Propriedade eterna 
O morro no horizonte
É própria tua fonte!

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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

Profana

Tenho aversão
Ao que não é verso
Minha excomunhão 
A este processo.
De degradação 
Da mente humana
Minha pregação 
Agora é profana.

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Despedidas

Fiz um pedido
Ele não veio
Esse é um Correio
Todo desmedido.
Eletrônico não o é
Também não sei
Qual é o meio
Que chegará.
Se não chegar
Mando outra vez 
Porque e-mail 
Mando uns três.

Poema do dia 26/12/2024

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Fato

De fato
É fato
Nasceu um menino
Em uma manjedoura?
Mudou uma vida
Mudou nossa vida
Muitas coisas e tal
Com a chegada do Natal.
Que a data não seja
Apenas para a cerveja
Transformaram o Natal
Em data comercial.

Poema do dia 25/12/2024

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terça-feira, 24 de dezembro de 2024

NÓS

Se Ele veio ao mundo
E morreu por NÓS
Para NOS salvar
Por que insistimos?
Em não reconhecer o outro
A vivermos no escopo
Do limite umbilical
Que parece natural.
Somos a autopoiese
Das energias dissipadas
Um Ilya Prigogine em tese
Nulidades à beira das estradas.

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Imagens

As imagens passam
Como se a vida passasse
Ou não passasse
De estranhas passagens.
Pego um bilhete da vida
Passo pela catraca de embarque
De uma rodoviária imaginária
Desta minha ilusão perdida.
Dilaceradas imagens em foco
Com o desfoque da vida
À beira da estrada imaginária
Que eu nem consegui construir.

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Letras

Letras evasivas
Deslocam-se em prantos
Ilusões perdidas
Alguns desencantos.
Acalantos mil
Coisa vil
De quem não viu
A vida passar!
Aqui fico
A me deliciar
Com o jogo de palavras
Letras soltas ou mortas
Isso pouco importa!

Poema do dia 22/12/2024

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sábado, 21 de dezembro de 2024

Na

Na pele,
Na alma,
Na vida.
Na ira de alguns
No amor de muitos outros:
São feitos os encontros.
Energias dissipadas
Ao acaso se encontram
Do acaso é a cartografia
A marcar esta alegria.
De dois seres de encontrarem
Contra qualquer lógica:
Na vida!

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Por vezes

Por vezes desisti
Né no futuro pensar
Porque é duro insistir
Sem poder acreditar.
Em ti não mais creio
No amor não há rodeios 
Você insiste do desamor
Por vezes a me provocar dor.

Poema do dia 20/12/2024

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Sou

Digo-te que sou 
O que nunca sei ser
Talvez para esconder 
O que no tempo ficou.
E se ficou no tempo
Perdeu o melhor momento
De assim se firmar 
Na arte de amar.

Poema do dia 19/12/2024

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2024

Imprecisões

Minhas imprecisões
Refletem as cisões 
Que no peito aparecem
Até na hora da prece.
Peço, em prece, sem pressa
Que não desapareças 
Mas se assim o fizer
Que eu, para sempre, a esqueça!

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terça-feira, 17 de dezembro de 2024

Horizontes

Olho par este teu sorriso
No horizonte me divido
Entre o que parece e o que é 
Nem quase tudo é questão de fé.
Pode ser um forte sentimento 
Ou apenas um lance de momento
Seja o que Deus quiser
Você será minha mulher.
Nem que seja por instantes 
Abrirei nossos horizontes
Vida vaguei mundo afora
Eu a te amar a toda hora.

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segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Santo

 O dia
O dono:
Nem tanto!
O campim 
É santo:
Eu,
Por enquanto!
É santo

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Colho

Recolho
Os frutos de o quê plantei
Colho.
A cereja do tomate
Cereja que me satisfaz 
Não me abate 
E me refaz.
Fruto do meu plantio
Sem tóxicos, nascido
Embaixo de um varal
Da sombra do meu quintal.

Poema do dia 15/12/2024

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Flores

Flores
São cores
Deste meu jardim
Ponta do quintalzim.
Tudo o que se planta
Do solo se levanta
Até o que não se plantou
Brota das sementes de flor.
Um dia planto
Outro recolho
Como o encanto
De um fio de ouro.

Poema do dia 14/12/2024

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2024

Esconderijo

Escondo-me embaixo
Da tua fala que exala
Gosto do proibido
De fazer perder os sentidos.
Sinto que este gostar 
Tem gosto de desamar
Pois logo vais embora
E o meu peito chora.
Antes de você partir
O meu corpo quer sentir
Este teu cheiro de mulher
Com o gosto de quem me quer.

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2024

Eternizado

Pedro não morreu
Certamente floresceu
Porque não foi enterrado
O anjo dos Anjos foi plantado.
Na figura de um roxo Ipê
Ao lado da própria cova
Nada poderá apagar
A força dele irá brotar.
Em cada pessoa que seguir
O que ele nos ensinou
A lutar a competir
A defender paz e amor.
Mas se negavam a terra
Ai ele entrava em guerra
Nisso ele ser eternizado
Pela força do seu legado!

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quarta-feira, 11 de dezembro de 2024

Choque

Hoje acordei em choque 
O choque era de morte:
Pedro foi visitar os anjos
Ficamos aqui, em prantos.
A dor, às vezes, fica nos olhos
Outra vezes, sai pelos poros
A forte pressão no peito
Sufoca, deixa sem jeito.
Anjos levaram o anjo
Pai de todos os movimentos 
E eu aqui com espanto
Sem controlar os sentimentos.
Queria desejar descanse em paz
Mas isso não posso mais
Guerreiros deixam legados
Seu nome ficará marcado.
Na memória e no coração 
Que você fez ocupação 
Vai, mas deixa a marca
Da luta que não se acaba.

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terça-feira, 10 de dezembro de 2024

Florescer

Quando você acorda e vê 
O início da flor a florescer
Percebe magia e encanto
A surgir de qualquer canto.
Canto da casa, do quintal
Canto do quarto ou do varal
O pássaro passa com seu canto
E eu parado aqui canto
Apenas a ouvir o seu canto!
No raio de luz do amanhecer
Teu canto quero conhecer
Porque em cada canto do canto 
Vejo o amor a florescer.

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segunda-feira, 9 de dezembro de 2024

Sorte

Pouco se fala de suor
Da entrega competente
Tudo parece ser só
Sorte de toda a gente!
Há sorte sem entrega?
E muita dedicação?
Se está não for a regra
Sorte é pura ilusão.

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Mona Lisa

A musa nem imaginava
Que o teu sorriso exalava
Este cheiro de Mona Lisa
Mistério que eternizas.
No olhar, o jeito de ser 
O que mais quero ter
Incialmente, frieza
Para esconder a beleza.
Que escondes no olhar 
No jeito de demonstrar 
A magia da tua vida 
Sem ligar para o quê dizem
Segues a provocar vertigem!
Do estado de desmaio
Nem sei se consigo ou saio 
Prendi-me ao gosto de vida
De te sentir minha Mona Lisa!

Poema do dia 08/12/2024

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sábado, 7 de dezembro de 2024

Cheiro de flor

O cheiro era de flor
Ardia feito o amor
Subia tudo queimando
Descia, fria e soprando.
Tomava o corpo tremia
Misturas de alegria
Tombava na cama sozinho
Pela falta de carinho.
Da janela, o quintal olhava
O cheiro de flor me tomava
O pólen pelo ar subia
Teu cheiro em mim ficava.

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

Indecisões

A você não devo
Se devo, não pago
Só pago, quando quiser
Devo pagar a quem devo?
Indecisões econômicas
Traços de vida
De uma vivida dúvida
Tenho direitos e deveres
Ou tudo é ônus?

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Decisões

Há desencontros 
Que são encantos
Quando em um canto
Nada ocorre!
O corpo morre
A alma chora
O que me devora
A ti liberta!

Poema do dia 05/12/2024

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Atropele

Tua pele
Em mim se insere
Quer que eu atropele
O que a mim fere?
Não sei por onde
Recomeçar
Se o recomeço
For sem te amar!

Poema do dia 04/12/2024

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Ansiedade

Ansiedade
Não é singular 
Na pluralidade 
De qualquer lugar!
Então, sou ansioso
Em estado nervoso
Temos ansiedades
Por viver nas cidades

Poema do dia 03/12/2024

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Quê

Um quê de quero
É o que espero
Quando tu vejo
E a ti desejo.
Quê de paixão 
Ou será tesão?
Que assim o seja
Desde que me vejas.
Mas, se não me enxergas 
A ti desejo ver
Se teu corpo me nega
O meu, deseja você.

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domingo, 1 de dezembro de 2024

Uuuuhhhh!

Uuuuhhhh! Uuuuhhhh!
Intermitente a se aproximar
Uuuuhhhh! Uuuuhhhh!
É o barulho do mar!
Música de mim sinfonias
De tristezas e alegrias
A maré é que determina
A tua ida ou vinda.
E nesta dança a água se dobra
Iemanjá em ti se desdobra
Com sua força de mãe das águas 
Lava a tua alma de toda mágoa.

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sábado, 30 de novembro de 2024

Horripilantes

Lá no mercado modelo
A sensação foi de medo
Medo de um passado
Que não está enterrado.
Na candidez do professor Cândido
Ouvi histórias horripilantes
O coração ficou em pânico
Morri-vivo alguns instantes.
Pensei: não consigo escrever
Sobre isso que me fez morrer
A dor de cada um no porão
Dilacerou meu coração.
Aquele mercado é modelo
Da trágica escravidão
Que nunca se salve a dor
Daquela intensa opressão.

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sexta-feira, 29 de novembro de 2024

Sorriso negro

Este teu sorriso negro
Esconde um segredo 
Que não consigo decifrar
Está contigo eu teu olhar!
Esta tua boca
Por baixo da toca
É algo que me toca
Os olhos em ti foca.
Digo-te com certeza
Nem a melhor cerveja
Aqui meio-escondido 
Só quero este teu sorriso!

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quinta-feira, 28 de novembro de 2024

Máquina

A máquina de matar artistas
É similar à de moer gente
Que aparece até longe da vista 
De quem pensa diferente.
A nós, os NÓS são desatados
Porque atados já nascemos
A um cordão umbilical
Do qual nunca desligamos.
A família é a menor prisão
Quando da barriga saímos
Igreja, escola… só ilusão
Na cruel máquina, moemos!

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Encontros

Encontros nunca se repetem
Por mais que os humanos tentem
Somos energias dissipadas
Em torno da mesma calçada.
Insana é a nossa busca
De em algum lugar chegar
O que mais me preocupa 
É não te reencontrar.
O que são os reencontros
Se não, novos encontros do mesmo 
Quando de novo te encontro
É um novo encontro o que temos!

Poema do dia 27/11/2024

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terça-feira, 26 de novembro de 2024

Perdido

Ao te seguir perco o que é meu
Acabo por me tornar só teu
A luz que em mim sobressaía
Torna-se tua todo dia!
Em lágrimas, grito e canto
Aos outros, parece espanto
De tudo o que ainda não sei
Lembro-me: fui teu e te amei!

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segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Luz

Quisera eu ser luz
Alguém quem alguém conduz
Da estrela não tenho brilho
Só o tenho quando te sigo.

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domingo, 24 de novembro de 2024

Dia de chuva

Em dia de chuva
Saboreio tua uva
A mente fica turva
De tento prazer!
Gosto meio amaro
Cheiro de pecado 
Que nem mora ao lado
Pois está em NÓS.
É algo ardente
Quase inconsequente 
Bate no inconsciente
Um odor de pecado!
Que pecado o seja
Caiu feito luva
Este gosto de uva
Que ainda estou a sentir!

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sábado, 23 de novembro de 2024

Sol de volta

Quero meu sol de volta
E quando olho em volta
O mar à frente não esconde
Você é meu horizonte.
Na praia de Stella Maris
Quantas marias vales?
Não sem reponder
Preço não tem você!
Não para mim que amo
E o teu nome chamo
Nas vezes que vivo a sonhar
A necessidade de te amar.
Sei que corro perigo
Quando teu nome digo
Ao longo da noite incessante 
Como se fosse apenas amante.

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Desejo

Sempre que te vejo
Aumenta o meu desejo
De estar ao teu lado 
Como estive no passado.
Isso não posso mais
E a vida não me apraz.
Tento recarregar
Todas as energias 
A capacidade de amar:
Como eu queria!
De volta agora
Ou a qualquer hora
Para não ficar
Apenas de a se lembrar!

Poema do dia 22/11/2024

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Escuridão

 A falta de você
Joga nuvens diferentes 
Porque sem te ter
Meus dias são ausentes!
Você na minha frente
É só coisa da mente
Já não te tenho mais
Você saiu de cartaz.

Poema do dia 22/11/2024

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quarta-feira, 20 de novembro de 2024

Esqueço

Esqueço de mim
Para cuidar do meu ser
Porque é agindo assim
Que, também, esqueço você.
Tenha um pouco de dó
E lembre que estou só
Se vivo em cima da razão
Congelo toda emoção.
Pareço um homem frio
Erva-daninha no cio
A espalhar a raiz
Dores ficam por um triz.

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Espertos

Diz a lenda urbana:
O mundo é dos espertos
Esteja (quase) certo
Rasa espécie humana.
Nas ondas da esperteza 
A pedra da natureza
Explode na tua cabeça
E barra a impureza.
O fato de ser esperto 
Não faz ninguém desonesto
Calar, ouvir e avaliar
Também é modo de se espertar.

Poema do dia 19/11/2024

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Abandono

Sinto-me só 
Abandonado
Sem ninguém ao lado:
Totalmente largado.
Para assim não se sentir 
Passo a me lembrar de ti 
Daquela partida ingrata:
A saudade ainda mata.

Poema do dia 18/11/2024

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domingo, 17 de novembro de 2024

Multidão

Vejo-me na cidade
Ruas esparsas
Nelas você passa
E nem me olha!
Se me olhas
Não me vês
Olhares se cruzam
Não se trocam
Porque trocas 
O modo de olhar.
Ainda olho em vão
Você se afasta
A mim não me basta
Ser parte da multidão.
Partes, parto
E me aparto
Tento chamar a atenção
Em vão: sou multidão!

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Brilho

Os olhos se enchem de brilho
Viver, de novo, faz sentido
Fagulhas de um amor selvagem 
Talvez seja apenas miragem!
Mas, ao mirar nos teu olhos
Subiu um fogo pelos poros
Minha visão ficou turva
Com detalhes de cada curva.
Amei, toquei e te senti
Como algum tempo não sentia
Fiquei a me perguntar:
Quando chegará este dia?
Os olhos já voltaram a brilhar 
E o corpo a me responder
Sinais de que o verbo amar
Em breve, pode acontecer!

Poema do dia 16/11/2024

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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Idas

Os dias passam
E se foram
Nem sei se foram
Ou ficaram!
Marcados na memória 
Lembranças das idas
Que nunca foram vindas
Estão na berlinda.
Os dias passam
Nós ficamos 
Até que a morte
Leve-nos para sempre!

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quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Brutal

É brutal 
Ver um bruto mortal 
Tirar a própria vida
Em uma investida.
Suprema idiotia
Contra os “comunistas”
Ideia simplista
De quem não valoriza a própria vida!
Suprema idiotia
De um bando de idiotas
Que batem de porta em porta
Com suas ideias tortas!

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quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Sem ti

Senti a dor
Da solidão
Quando o amor
Foi ilusão!
Eu já sabia
E me iludi
Pois com você
Até vivi.
Momentos doces
Doces lembranças 
Desaprendi
Para viver: sem ti!

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Interseções

A vida é feita 
De interações
Ações interiores
Geram desamores.
E se desamas
Coisas insanas
Surgem do nada
E viram tudo!
O que te aflige
E tu não dizes
Ou o que amas
Mas, não declaras!

Poema do dia 12/11/2024

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Predizer

Dizer antes
É predizer 
E se predizes
O que me dizes?
Nem entendo
Mercador de ouvidos
O que pretendo?
Não te digo!

Poema do dia 11/11/2024

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domingo, 10 de novembro de 2024

Favores

Move-me pelo mundo
Feito um vagabundo
Aos olhos de quem de lá 
Fica a me julgar!
Só que você não sabe
O que em mim arde
Minhas dores, meus amores
Não dependem dos teus favores.
Desça do seu pedestal
Eu não sou o tal
Nem você também o é
Sei o que você quer.
Não vivo dos teus favores 
Pois tenho os meus valores 
Que centram a minha ação 
Na tua boba “cosmovisão”!

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sábado, 9 de novembro de 2024

Invisível

Quero ser sensível 
Diante do invisível 
O máximo que consigo
É não te ter comigo.
Como resolver 
Esta equação 
Que a razão se ser
É o nosso tesão.
E se tesão na sobra
Qual será a nossa obra?
Respostas, não tenho!
Então, me abstenho!

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Disputas

Um irmão 
Uma mãe 
Uma mão: 
Uma disputa!
Irmãos
Caim matou Abel
Ninguém parou no céu
A vida não tem gosto de mel!

Poema do dia 08/11/2024

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Lentidão

Meus pensamentos 
Ficam lentos 
Todes as vezes
Que não te tenho.
Minha lentidão 
Vira emoção 
Se você aparece
Em forma de prece.
Meus joelhos se curvam
Que as coisas se turvam:
Na minha lentidão.
Estou em situação 

Poema do dia 08/11/2024

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quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Força

Forca não é forca,
Nem uma oca
Muito menos uma oca.
Interprete na província
Ou este porma será
Uma parca forma oca
De se falar de força!

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terça-feira, 5 de novembro de 2024

Naqueles dias

Hoje acordei
Como se devesse dormir
Dias que você se arrepende 
Até de casa sair.
Noite chega,
Graças você dá
Lentos passos
Se nunca terminar!
A  obra iniciada
Parece não valer nada
Noites fugidias
Naqueles dias.

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segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Conexões

Energias dissipadas
Conectam-se
E interconectam-se
Na viva dança 
Do universo.
Há nexo
Até na falta dele
Convexo universo 
Dos acoplamentos 
Feitos ao acaso
Dissipadas forças 
Ocas energias:
Lá se foi mais um dia!

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Lua

Nua
Na rua
Está a lua!
Vinda 
Do céu
Na cor de mel!
Estradas 
E ruas 
Nuas!
Luas!

Poema do dia 03/10/2024

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sábado, 2 de novembro de 2024

Afetividade

As injustiças me afetam
Chegam a provocar revolta
Mas isso pouco importa
À quase metade do mundo!
Não sei viver sem afetos 
Mas só colher dez afetos 
A mim chegam os trocadilhos 
É muito mais que desafetos.
A afetividade dos afetos 
Nem sempre é compreendida
Resisto até à resiliência:
Não há guerra perdida!

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sexta-feira, 1 de novembro de 2024

Anseios

Desejos
Quase reprimidos
Anseio
Por um beijo não conseguido!
Se peço:
Não me dás.
Roubado:
Terei assediado!
Beijo
É fruto do desejo
Da conquista 
Da querência
Dualista!
Se um não quer:
Não desejam…
Dois não se beijam!

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quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Ruas

Ruas
São tuas
Ou minhas
Sabe-se lá de quem?
Asfaltadas
Recapeadas
Empoeiradas 
Marcadas
Pelo tempo de abandono.
E eu, abandonado
Castigado
Friamente desolado 
Sem você ao lado
Ou perto
Incerto destino
De um poeta desvairado
Abandonado.
Nas nuas e cruas
Ruas.

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quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Sem jeito

Fico até sem jeito
Com este teu jeito
De sorrir a me olhar
Sem nada me dizer.
Sem ao menos me permitir
Que te olhes a me sentir
Como se nada sentisse
Ou aos pulos ouvisse.
Os pulos do meu coração
Na eterna aflição
De não querer te olhar:
Minha autopunição.

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terça-feira, 29 de outubro de 2024

Nublados

Os dias nublados
Parecem demorados
O tempo que não passa
Prende a vida que passa.
A passos curtos
O relógio segura
Aquilo que aqui fica
Mas não intensifica.
Sigo nesta onda
De perseguir o seguido
Desejo que o destino
A mim toca de menino.

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Vontades

Vontades 
São desejos de verdades.
Nem sempre verdadeiras
Às vezes, costumeiras.
Costumes e vontades
Nem sempre são verdades
Segue a vida: na cidade!

Poema do dia 28/10/2024

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domingo, 27 de outubro de 2024

Desvarios

Meus desvarios noturnos
Agigantam-se com a madrugada 
Perambulo meio taciturno
E descanso nas calçadas.
A lua não aparece
Logo hoje, me abandona
O dia não amanhece
Aceno, não pego carona.
Ruelas são labirintos
De qualquer grande cidade 
Lembranças, sonhos infinitos
Chegam ao cair da tarde.
Sigo a tropeçar nos espinhos
A ranger os meus dentes caninos
Sou acusado de bruxismo
Pelo bruxo do meu destino.

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Faço

Faço que não sei
O que nem sei saber 
Porque se nada sei
Como ter o que dizer?!

Poema do dia 26/10/2024

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Meu crime

Cometi um crime:
Gostar de me entregar 
Como se o hoje 
Fosse virar sempre.
Nem sempre o sempre
É eterno ou dura
O que fica mesmo 
Talvez, seja a ternura!

Poema do dia 25/10/2024

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quinta-feira, 24 de outubro de 2024

E AÍ?!

Converse com a IA
Veja se ela entende um “E aí”
Já faço isso com a Siri,
Nem adianta eu me iludir.
Ela tem o poder:
Diz tudo, sem nada dizer
Mais chique que a Alexa
Diria que é AI gourmet.
Só porque vem no IPhone 
Acha-se mais sabia que o dono
E quando vai pesquisar
Parece com qualquer IA.
Aquela voz de taquara 
Que quase toda IA tem 
Convence a mais ignara
Figura que se entretém.
IA é divertimento 
Não domina pensamento 
Mas, se você a ensinar
Ela é capaz de te superar.
E AÍ oh IA, venha cá!
Vamos levar uma lero
Caso você não venha:
Vai rolar uma resenha.
É tipo ó, é tipo A
Não é nada sanguíneo 
Se você é mesmo IA
Não se enrole com o que eu digo.

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Manhãs

Manhãs não se confundem
Nem com tardes
Nem com noites:
Cada turno é açoite,
Neste tempo de um dia!
Um dia serei manhã
Outros, tardes, outros; noites.
Melhor que morrer de dor
É viver de amor,
Dias, noites e manhãs.

Poema do dia 23/10/2024

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Destino

Escrevo minha vida 
Dono do meu destino
Quando era menino
Já sabia o que queria.
Brincar com as palavras
Em verso me expressar
Caminho sem destino
A tentar me encontrar.
O muito que eu sei
Nas letras a dizer 
Mando-te por e-mail
Digo o meu dizer.

Poema do dia 22/10/2024

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Perdido

Sem rumo
Perdido
Falta-me o destino 
Sou um peregrino.
A buscar o milagre
De tê-la de volta
A ti pouco importa
Que eu me acabe.

Poema do dia 21/10/2024

Dias melhores

Quero dias melhores
Que sejam mais calorosos
Sem quaisquer favores
Muitos beijos amorosos.
Trocas de mensagens
Doces e afáveis
Eternas imagens
Lembranças amáveis.
De mim e de você 
Desse nosso querer
Que nada seja pior
Só quero este dia melhor.

Poema do dia 20/10/2024

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Agora

Como estou agora?
Se você não sabe,
Como serei eu a saber
Se o peito ainda arde
Ao pensar em você.
Pergunta sem reposta 
Deve ter sido a aposta
Ao decidir ir embora 
Esqueceu o agora.
O ontem virou hoje
O amanhã, sem demora
Esqueci o que foi
Que você foi embora!

Poema do dia 19/10/2024

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Sem saber

Foi sem saber
Que ceguei em você
Ou será que você chegou em mim?
Não sei!
Nem quero saber!
Apenas sei
Que você chegou 
Ou fui em quem chegou!
Não sei!

Poema do dia 18/11/2024

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quinta-feira, 17 de outubro de 2024

Você

Sem você 
Meu eu
Não tem espírito:
Sobrevivo
Mas, não vivo!
Porque em mim
Você é você!

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quarta-feira, 16 de outubro de 2024

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Evoco

Todos os santos 
Todos os deuses
E cada orixá 
Que venham cá!
E me protejam
De qualquer olhar
Seja de pimenteira
Ou de zoeira.
Que me protejam
Do mal desejo 
E só me entreguem
Gostosos beijos.

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Iludido

Vivo iludido 
Com este sorriso
Que evoca 
Uma passado recente.
Que a gente sente 
Mas não pressente
O que há de perigo!
Sigo!
Sem ti!
Sem volta!

Poema do dia 14/10/2024

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Canto

Meu canto
Eu canto 
Até no desencanto
Do meu acalanto!
Meus desencantos
Não dão em prantos
Porque de fato
Neste ato
Sou um pacato
Ser sensato!

Poema do dia 13/10/2024

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sábado, 12 de outubro de 2024

Descoberta

Saio do ventre
Medo de vento
Qualquer barulho
A mim apavora.
Quero viver
A descoberta
Tocar o mundo
Com o que me resta.
Da criança que fui
Perdi o elo
Na sabedoria,
Eu me esfacelo.

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Orfandade

Sinto-me órfão
Em cada ato
Como se estivesse
Em orfanato.
Vivo fechado
Ensimesmado
Já não encontro 
O meu passado.
Tenho um futuro
Pouco seguro
Por estar só 
Solidificado.

Poema do dia 11/10/2024

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Respeito

Tenho respeito
Pelo que vem do peito
Nem sei onde bate
Este coração desvalido.
Informado
Por não ter vivido
O que queria
Viver contigo.

Poema do dia 10/10/2024

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quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Nuvens

Estive nelas
Há pouco:
Que sufoco!
O passado de aço 
Rangia inteiro
Área de instabilidade 
Mais turbulência 
E a mente voa
Mais que o avião.
Único pedido 
Ao Pai e ao piloto
Segura firme esta mão 
E põe ele, suavemente,  no chão.


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Reflexos

Faço poemas?
Nem sei se os faço 
Ou se feito deles
E das vivências
Que se refletem 
Nas minhas presenças
E ausências.


Poema do dia 08/10/2024


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Deusas

Deusas são esposas
Dos deuses
Da terra
Da guerra.
Deusas são pessoas
De carne 
De osso
Nada exposto
Pois, deusas não aparecem
Poema do dia 07/10/2024
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terça-feira, 8 de outubro de 2024

Deusas

Deusas sãos as mães
Dos deuses
Da gente
Dos parentes e aderentes!
Deusa são inatingíveis 
Sensíveis 
Sentem as dores da gente
Sigamos em frente 
Sem deixar que a dor 
A nos arrebente!

Poema do dia 06/10/2024

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segunda-feira, 7 de outubro de 2024

Versos

Versos
Sem nexo
Às vezes,
É o que faço!
E se ultrapassar
As barreiras do universo 
É porque meu verso
Não tem nexo!

Poema do dia 05/10/2024

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sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Há de haver amor
Onde plantam dor
Há de haver flores 
Onde só falam de dores.
Há de haver vida
Até na maior ferida
Que resiste carcomida 
Dor que dói sem ser sentida.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Via

Eu te via 
Mas não sabia quem eras
E se te via
Pouco sabia da fera.
Que tens em tudo
Capaz de criar mundos
Arquitetura universal
Desenhos de fel e sal
Dissipadas energias
Hoje te enxergo: não te via.

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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

Dualidades

A vida é mel e fel
Terra e céu 
Dualidades dissipadas 
Que se encontram
Em qualquer calçada.
Seja à noite ou na madrugada 
Vale tudo se você for amada.

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Dignidade

É preciso entender 
Que viver não é sofrer 
Se fere a tua dignidade 
Até para enfrentar a mentira.
Faça da vida um encanto
Encante que te encanta
Dê uma face, se te atacam
E devolva só amor
Se a ti derem rancor!

Poema do dia 01/10/2024

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Na paz

Estou em paz 
Pela paz que você me traz
Ainda que estejas distante 
É nada seja como antes.
Vale a paz que você me traz 
Mesmo quando a levou!

Poema do dia 30/09/2024

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Tempero

Há diferença:
Tempero ou tempero?
Tempero ou tempero?
Tempero é substantivo 
Tempero é verbo:
O que uma entonação não faz,
Na hora de se temperar a fala!

Poema do dia 29/09/2024

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sábado, 28 de setembro de 2024

Faria

Muito de o quê fiz
Hoje não faria
E se no o faria
Talvez, não a queria.
Até a queria 
Quem sabe,
Horas!
Milionésimos de segundos 
Valem por uma vida
Tudo faria de novo
Não o faria, talvez:
Querê-la outra vez!

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sexta-feira, 27 de setembro de 2024

Fique

Se você for para mim
Chegue e fique
Por favor:
Nunca mais saia.
Porque você
Em mim ensaia
As mais lindas sensações 
Que mortas, pareciam, estar.
Você chegou em mim
Entrou sem bater na porta
Ou mesmo, pedir licença 
E sem que eu explique:
No sangue se espraia,
E se transforma em mar e praia
Para sempre
A mim, me ame
Ame-me e
Fique!

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quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Receio

Tenho receio
De não gabar teu beijo
De me encantar contigo
E não ter o teu sorriso.
Nem ser o motivo 
Desse teu olhar
E nem me fazer
Fonte de prazer.

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Calafrios

Sinto calafrios
Uma espécie de cio
Ao pensar em ti:
Como fico por aqui.
Nem sei o que faço
É um embaraço 
Desfazer o desejo
De te darr um beijo.

Poema do dia 25/09/2024

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terça-feira, 24 de setembro de 2024

Honra

É uma honra 
Ter a honra
Da tua companhia
Apesar da heresia!
Nunca imaginei 
Que chegaria o dia
Que eu teria coragem
De tamanha ousadia!
Só de te imaginar
A sorrir na minha frente
Chego a rir e chorar 
Pareço um demente!
Nem sei se terei o presente 
Do teu sim para este ato
Sonho em tê-la na minha frente 
Sem que isso seja pecado!

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segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Lua

Teus olhos são a lua
Que ilumina meu dia
Teu sorriso é esperança
Sinto-me na infância.
Perco todo o tino 
Pareço um menino 
Do alto dos 60 anos
Nem penso em desenganos.
Você é um néctar, um brilho
Amo este teu sorriso 
Desejo-te sempre minha lua
De alma totalmente nua!

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domingo, 22 de setembro de 2024

Fantasias

LVisto-me de fantasias
Que fingem alegrias
Quando até a natureza
Sabe da minha tristeza.
Insisto em resiliência
Para suportar a ausência
De quem um dia se foi
E acha que a ida não dói.
Partidas são como vestes
Adereços, lindos enfeites
Que nos ajudam a parecer
Até o que não queremos ser.

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sábado, 21 de setembro de 2024

Árvore

Árvore é vida
Vida é sonho
Sonho é fantasia 
À noite, ao dia.
No dia da árvore 
Arvore-se a dar nome
A quem mata a fome
São os vegetais
Não os animais.
Tenhamos a vida 
Que venha da vida
Sejamos muito nós
Com toda a voz.

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Desespero

O que você quer?
Desejo
Se você me der
Quero um beijo.
Se você não quer 
Também não quero 
E se você não der
Espero.
Mas, se esperar
Também quero
Porque amar
É desespero!

Poema do dia 20/09/2024

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quinta-feira, 19 de setembro de 2024

Páginas

Vira uma página
Sem poder voltar atrás
A vida não se repete
Em nada de o quê se faz.
Escreva o presente
Com base no que fez
O passado não mente
O futuro está à frente.
A nós, não pertence
Há apenas o hoje
Quem vive o agora
Um segundo, não foge.

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quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Minha poesia

Minha poesia
É quase heresia
As rimas que se sucedem
Às vezes, nem procedem!
Frágeis como lágrimas
Que escorem sem querer 
Nada ou quase nada dizem
Se nada tenha a dizer.
Aliterações e metáforas
Nem chegam a combinar 
Às vezes, minha poesia
É mero ato de narrar!

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terça-feira, 17 de setembro de 2024

Real

Parece real
Até natural
Este sonho
Fantasia 
De te ter
Por mais um dia!
Irreal realidade 
Por mim criada 
Por ti jogada:
Na calçada!

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segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Oposições

Posições opostas:
Oposições!
Supostas divergências
Rasgam a existência.
E nos colocam frente a frente 
De nós: em posições opostas!

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Oferenda

Oferto-me
A ti
Neste altar das ilusões!
Desilusões 
Diminuem a entrega
Minguada
A se esvair
Quando não nos damos tréguas.

Poema do dia 15/09/2024

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domingo, 15 de setembro de 2024

Diga

O quê te intriga?
Diga!
Porque se não disser
Fica só na intriga 
Na inveja
Na falta de entrega:
Algo que verga
Qualquer relação!

Poema do dia 14/09/2024

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sexta-feira, 13 de setembro de 2024

Vivo

É bom sentir 
Até sem ti
Que se está vivo
Assim como vivo.
Sem ter você perto 
É tudo incerto 
E sem existir
Melhor sentir!
Por isso, sinto
Coisa de instinto
Esse jeito de ser
E de te querer.

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De longe

Vejo você
De longe
Quero você 
De perto!
Não te tenho 
Nem de longe
Nem de perto.

Poema do dia 12/09/2024

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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

Mente

A semente de todos os males
E de todos os bens:
Nossa mente!
Vai, volta
Aprisiona-se
Solta-nos:
Numa dança de viagens:
Em quaisquer paisagens.
Conhecidas ou não
Nosso melhor avião:
A mente. Solte-a!
Solte-se! E voe!
Ao infinito limite da mente!

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terça-feira, 10 de setembro de 2024

Modos

Já jeitos 
De se olhar o mundo 
O dos outros é superficial
O seu, sempre profundo.
Há modos 
De se falar em moda
Quando a moda,
É falar dos outros!

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segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Irreal

Pode ser real
Também pode não ser
Nosso jeito final 
De as coisas não-fazer!
E se não forem feitas
Não existiram!

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Vazio

Tire-me o foco
Deixe-me oco
Sem nada
Sentado à beira
Da estrada
Vaga!

Poema do dia 08/09/2024

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sábado, 7 de setembro de 2024

Em carne viva

Meu peito ficou
Em carne viva 
Quando você me deixou
À deriva!
Sangue a explodir
Dos poros a sair
Pelos olhos a descer 
De tanto te querer!
Aqui não vivo:
Sobrevivo
A sangrar a vida
Por esta carne viva.

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sexta-feira, 6 de setembro de 2024

Acasos

Acontecem acasos
Ou somos feitos de casos
Causos e causas não explicadas?
Não sei, se por acaso,
Ou com descaso
Os acasos, foram casos
Em minha vida!

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Omisso

Sem nenhum compromisso 
Segues omisso
A ver o irmão morrer de fome!
Isso tem nome
Se a dor do outro
Em ti não dói
Tua humanidade se destrói;
Ficas omisso
Tens compromisso
Apenas com o que constróis.

Poema do dia 05/09/2024

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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Amor de raiz

Sonhar
A utopia faz da vida
Amar
Lenitivo para a dor
Nascer
Dia após dia
Viver
Milionésimos de segundos 
Vale o agora;
Ser feliz: eis o amor de raiz!

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terça-feira, 3 de setembro de 2024

Vielas

Quando a quero 
Difícil encontrar 
Se você me quer
Não quer confessar.
E a vida segue
Se fluxo normal 
Embora me negues 
Um encontro casual!
Nossas caminhadas
Só são paralelas
Nossas estradas
Viraram vielas!

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segunda-feira, 2 de setembro de 2024

Cale-se!

Cale-se!
Você não sabe a dor
Que aleguém carrega
Em um cálice de vinho
Um copo de uísque
Ou um gole de cachaça!
Cálice que seja
Até na dose de cerveja!
Cale-se sempre 
Se a dor do outro não te incomoda!

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domingo, 1 de setembro de 2024

Sensível

A sensível
Sensação 
De ser sensível 
Ou não!
Liberta a opressão 
De ser pressionado
Pela insensibilidade 
De quem se diz
Infeliz!

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Herança

Lembranças
Saudades 
Herança:
De um amor mal-resolvido 

Poema de ontem, dia 31/08/2024

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sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Perfume

Leio Simone de Beauvoir
Sinto cheio do francês 
Perfume que deve rolar
Pelas ruas e vielas de Paris!
Nunca cheguei a ir lá 
Um livro indicado pela Iná
Tem me provocado luminosidade 
Deve ser “A força da idade”!
Viajo de Sena Madureira
Conheço São Paulo e Brasília
De Londres passo por Lisboa
Whashington, de novo, um dia!
Chego em Teixeira por um tris
E a leitura me leva a Paris.

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Sou

Vinho
Quase vencido
Pelos anos vividos
Pelas escapadas da morte:
Tive sorte!
Tenho sorte:
Das pessoas que tive 
E tenho na minha vida.
Orgulho-me delas
Da sorte em tê-las.
Por perto ou longe
Por isso sou
Vinho, velho, envelhecido: sou!

Poema do dia 29/08/2024.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Solto

Bicho
Solto no mundo
Quero me prender
Sem encontrar você.
Procuro e não acho
Se acho;
Não quero
Nem me desespero.
As prisões interiores 
São os maiores horrores
Elas não me aprisionam:
Mente solta, corpo leve
Que a vida me leve!

Poema do dia 28/08/2024

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quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Belas

Belas são as isas
Com z ou s
O que precisas?
Saber que a Iza é bela
Belas são as isas
Poemas que se perdem
Ao longo das brisas.

Poema do dia 27/08/2024.

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segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Frutos

Filhos são frutos 
De amor e dores
Diamantes brutos
A espera de flores.
Nem sempre as temos
Mas, o que fazemos
De modo responsável
É ser amável.
Deles cuidar 
Uma hora chega
Passamos deste plano
Uma parte de nós
Resta de humano!

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domingo, 25 de agosto de 2024

Alma

O corpo reflete
O que a alma sente
A alma reflete-se 
No corpo da gente!
De quem ama e sofre 
Às vezes, odeia
As dores, esquece:
Odores, semeia!

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sábado, 24 de agosto de 2024

Viradas

Saio de casa
Caio na vida
Levanto-me
Caio de novo 
E a vida segue
Em quedas 
E apuros
Sussurros 
De quem não teme
O hoje
Nem o amanhã!

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sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Entraves

Antes que você me trave 
E os entraves da vida
Se abatam sobre mim.
Quero que saibas de o quão grave
É você ter decretado o fim.
Ainda que um recomeço 
Seja possibilidade 
Fica decretado o entrave 
Que ente nós nada se agrave!

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quinta-feira, 22 de agosto de 2024

AI


Aparece-me a
Artificial Inteligence
Algo meio non sense
Ou inteiramente
A dominar mentes inteiras.
E eu aqui, de bobeira
A te amar inteira
Disposto a ouvir os teus “ais”
A gritar a plenos pulmões 
Coisas de muitos tesões.
Porque dúvida não tenho não 
Que as AIs que estão por AI
Não sabem o que é paixão 
E ainda vão demorar
A sentir o que é tesão!

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quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Louca

Sinto o teu cheiro na boca
E o teu gosto na voz rouca 
Com aquela sensação louca
De te explorar corpo-inteiro.
Nossos poros se exploram
Nossas bocas matam a fome
Há os que nos ignoram
E quem vorazmente nos come.
Prefiro ser teu alimento
Sorver a tua voz rouca
Viver a todo momento 
A sentir a tua boca.
Na minha colada avidamente 
Sem decifrar o que se sente
Louca, loucura-insensatez 
Onde se escondeu a lucidez?

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terça-feira, 20 de agosto de 2024

Raiz e flor

Antes de virar raiz
Uma flor foi semente
Plante para colher
O que dás ao receber!
Se recebes, não reclames
O tempo é o maior fator
A fazer com que os reclames
Transformem raiz em flor.
Entre a raiz e a flor:
Caule, hastes e espinhos
Se eu te provocar dor
Com ter de volta carinhos?
E se de mim não cuidares
Perco o gosto de viver
A flor de alguns lugares
Volta à raiz para adubo ser.

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segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Domínio

Você apareceu
Nem vi o que me ocorreu
Só sei que desde aquele momento 
Dominas o meu pensamento.
Pareces se apoderar 
De tudo o que já tive
Ou que irei encontrar.
Desfaço todas as crenças 
Se estou em sua presença 
E me deixo entregar 
Até você me dominar.

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domingo, 18 de agosto de 2024

Prece

O dia cordou azul
E eu aqui a pensar em tu
Sem saber se me percebes
Ou se me recebes.
Como homem
Você some
E não me aparece
Nem em prece.

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sábado, 17 de agosto de 2024

Me

Chama-me 
Deita-me
Desvela-me
Devora-me
Ama-me!

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sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Avis rara

Chegue
Fique 
Dê risadas 
Arranque o sorriso da minha cara.
Só não queria me arrancar da minha casa.
Sou avis rara:
Escondo minha tara.
Mas, se souber me pegar de jeito
Arranco gritos do peito
Arranho tuas costas de um jeito:
Huuuummmm!
Deixa a imaginação criar
O final perfeito!

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quinta-feira, 15 de agosto de 2024

Perdidos

Perdidos estávamos 
Perdidos estamos agora
E eu já não vejo a hora
De estar completamente perdido 
Perdido de amor
Por fazer amor
E fazermos amor
Como dois loucos: perdidos!

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quarta-feira, 14 de agosto de 2024

Desintegra

Quando a esperança se desintegra
A dor navega 
Barco sem vela 
Telas obtusas
Pinturas
Que nada revelam.

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terça-feira, 13 de agosto de 2024

Mal

Mal-acostumado
Sou homem bom
Porque se estou bem
Não posso estar mal
Com este bom tempo.
Mau é adjetivo:
Modifica o substantivo
É o contrário de bom.
Mal não fica em uma função
Pode ser advérbio, substantivo ou conjunção.
Por ser o contrário de bem,
Não causa mal a ninguém
Já o mau homem de bem
De bom, nada tem!

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Insaciável

Quanto mais tenho
Mais quero
Sincero
Quero-te…
Sem ponto final!

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Poema do dia 12/08/2024

domingo, 11 de agosto de 2024

Incerto

Teus lábios 
Espessos 
Expressam 
Teu riso
Aberto
Aberta alma
Que acalma
O que já em mim: incerto.

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*Dedico este poema à querida Gicelma Chacarosqui pelas lutas incertas no Comando Geral de Greve do Andes, em 2012, em Brasília. A única certeza que tínhamos: lutar era (e é) preciso!

sábado, 10 de agosto de 2024

Antes de só
De o quê mal acompanhado:
Diz o ditado!
Digo-te
Sem medo de errar:
Perca o medo de amar!
Porque a sabedoria popular
É uma tanto relativa
Amar é errar e acertar
Para a vida siga viva!

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sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Debates

Debato-me
Entre o nada
E o lugar nenhum.
Até pegar a estrada
Que me leva ao tudo
Sem saber o quê!
Tento entender e não me encontro
Debatidos encontros: sem você!

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quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Inteira memte

Inteira mente
Por inteiro 
Totalmente
Inteiramente 
Mentes inteira
Quando dizes não me querer 
Mentes para si mesma:
Inteira (mente)
Só para me fazer sofrer!

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Quero

Se me deres,
Quero
Se te quero
Amo-te.
Se te amo,
Entrego-me!
Se me entrego,
Quero-te:
Inteiramente minha!

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Poema do dia 07/08/2024

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Inigualável

É incrível 
Inacreditável 
(Quase) inigualável 
O amor que fazíamos 
Quando nos encontrávamos!
É incrível 
Inacreditável!
(Quase) impossível 
Que seja só lembrança 
Talvez, esperança
De um novo encontro!

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segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Passagens

Pessoas passam 
Pela vida da gente
Umas marcam 
Com ferro quente.
Outras nem se arriscam 
A deixar riscos
No corpo ou mente:
Meros chuviscos!
Que pouco molham
Quase não marcam
Meras passagens 
Raras imagens!

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domingo, 4 de agosto de 2024

Voracidade

Enquanto houver opressão 
Haverá, também, depressão 
A vida em sociedade 
Perde um pouco a validade!
O oprimido vira opressor
O infringido passa a infrator
As relações se deterioram
Mentes se devoram.
Num bailado ilógico 
De um mal psicológico 
Que destrói a humanidade 
Da vida em sociedade!

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Mordaças

Somos diversos
Feitos de versos
Jogos de palavras
Nada bravas.
Bravos ficamos 
Se assim estamos 
Longas jornadas
Apalavradas
E o povo sem fala.
Sem voz
Mordaças invisíveis 
Prisões modernas
Lúgubre democracia!

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Poema do dia 03/08/2024

sábado, 3 de agosto de 2024

Truculentos

Vidas ceifadas 
Dilaceradas
Pela truculência
Sem inocência
De autoridades 
Autoritárias
Que indecência!

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Poema do dia 02/08/2024

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Chorar

 Quando se está triste 
É preciso chorar,
A dor dos outros existe 
E tem de nos tocar!
Com suavidade e carinho
Nunca deixe chorar sozinho
A tristeza de hoje em dia
Será choro de futura alegria!

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quarta-feira, 31 de julho de 2024

Frieza

A frieza da alma
É o pior frio
Deste ser que se diz humano.
Mundano
Insano
Olhar de desprezo
A outro ser que se diz humano!
A dizimar
O sentido de se amar!

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terça-feira, 30 de julho de 2024

Vazios

 Vazios
Vander Lee morreu
Esperando aviões 
Estou de pista vazia
E isto não me agonia!
Deus já não pode me ouvir
Estou sem diário na areia
A sós comigo mesmo, aqui
Minha mente devaneia.
Um romântico inveterado
Que vive sem ninguém ao lado
Vazio sem breviário:
Escrevo meu relicário!

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segunda-feira, 29 de julho de 2024

Segunda

Depois do domingo 
Segue o divino 
Que não é santo 
Nem é espírito!
Boa semana 
Eu te desejo
No fim de noite
Desta segunda.
Que não é não 
Nem vem da feira
Se é de segunda 
Jamais será primeira.

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domingo, 28 de julho de 2024

Oração

 Joelhos dobrados
Aos pés da minha Santa
Teu corpo de mulher 
É o que me encanta.
Em forma de poesia
Cometo a heresia
De te ter como altar
E a ti só desejar.
Por isso agora oro
Aos teus pés imploro
Ajoelha-te também 
Para irmos ao além.

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sábado, 27 de julho de 2024

Meu cio

É inexplicável 
O tanto que reajo
Ainda sem querer 
Ao lembrar de você.
Em tudo o que faço 
Parece haver um traço
De o quê vivemos
Enquanto nos quisemos.
Você foi embora
Quero-te, ainda, agora
Este quarto vazio
Apaga o meu cio.

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Fogo

Pelas narinas
O fogo não finda
Desce no corpo
Sobe de novo.
Cresce a febre
O sangue aquece 
Faço uma prece
Ajoelho-me de novo!

Poema do dia 26/07/2024

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quinta-feira, 25 de julho de 2024

Arena

Onde tudo se resolve
Desde a Grécia antiga
Era sigla de partido
Que dominava a ditadura 
Olhos fechados para a tortura!
Aliança Renovadora Nacional
Só renovou a imbecilidade geral 
Hoje virou praça de futebol
Arena ao pôr do sol.
É de causar vertigem 
Obra monumental 
Que fique lá pela origem:
Nunca mais volte este nosso mal!

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quarta-feira, 24 de julho de 2024

Estimulações

Mudar
Estimula ações
Da mente 
Do corpo 
Da alma!
Calma:
Desaceleração
Das ações
Da alma!

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terça-feira, 23 de julho de 2024

Comuns

Só me atiça
Quem me excita
Ou me irrita.
Prefiro o cérebro atiçado 
Atirado para novas ideias
Que fujam da mesmice
Da média dos comuns
Ou da idiotia
Dos que aceitam a tirania
Em nome do bem-comum!

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segunda-feira, 22 de julho de 2024

Oferenda

Intensa é a voz
Que carregamos em nós 
Dizem ser da consciência:
Pode ser da demência.
Id, ego ou superego
Sinto-me, às vezes, cego
Preciso de uma agenda
Para não me doar em oferenda.
Na água um tanto turva
Deslizo reto ou em curva
Da vida, tracei o destino
Ao sair de casa, menino!
Vivo em estado de alerta
A dobrar qualquer oferta 
De ser feliz por um segundo
Danem-se as coisas do mundo!

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domingo, 21 de julho de 2024

Sombrios

Dias sombrios
São frios
Como fria é a alma
Dos humanos
Que perderam
A humanidade!

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sábado, 20 de julho de 2024

Pecado

Todo dia é santo
Santo dia…
De pecado!
Cujo pecado maior
É não ter você…
Ao lado!

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sexta-feira, 19 de julho de 2024

Normal

É normal
Virtual
Proposital:
O que a vida nos reserva!
Neste jogo:
Reserva é titular
Titular passa a reserva!
Ou você se recupera
Ou morre:
Numa overdose
De divagações 
E ilusões.
Vida: a gangorra de opções!
Tudo é normal!

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quinta-feira, 18 de julho de 2024

Transformações

Idéias transformadas
Em realidades que transformam 
Transformam vidas.
Ir além do que se avista
É escolha de vida
A transformar vidas
De pessoas sofridas.
Amar antes de julgar
Não deve ser só para os filhos
É o maior desafio
De transformar vidas!

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quarta-feira, 17 de julho de 2024

Carta

Uma carta
Não descarta
Nenhuma motivação
De se encontrar alguém
Um e-mail não Correio tradicional.
Mistura vidas encaixa
O que não cabe na caixa
Postal, ou virtual 
Da que fala
Por carta!

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terça-feira, 16 de julho de 2024

Ciclos

Resquícios de amor
Transformam-se em dor;
Dores de amor
Transformam-se em resquícios:
A vida é feita de ciclos.
Certezas e incertas
São postas à mesa
Nada é certo: nem a morte
Se a vida for mesmo 
Feita de cilícios a ermos!

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segunda-feira, 15 de julho de 2024

Demência

O que parece impossível 
Possivelmente pode ser sonhado
Nem tudo o que se sonha 
Precisa ser realizado!
O futuro só chega
Para quem o traz ao presente
Enxergar o que ninguém vê 
Não é coisa de demente!
O lado bom da demência
É a total inocência
Que normalmente é da infância
Da vida de qualquer criança!
Que quer experienciar o mundo
Tudo que houver de profundo
Dementes em sociedade
Medem a loucura pela idade.

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domingo, 14 de julho de 2024

Tensão

Querer e não ter
Desejar e não ver
Possibilidades do ser
Sou e não tenho
Mas mantenho 
A esperança de ter
Meu bem-querer
Querer-bem-ter!

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sábado, 13 de julho de 2024

Anverso

Sou o anverso
De um verso
Sem nexo!
Convexo mistério
Montês monastério
De tudo o que quero.
Nada tenho tudo
Tudo tenho nada
Anverso da vida privada.

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sexta-feira, 12 de julho de 2024

Números

Certidão de batismo
Depois, de nascimento
Carteira de identidade 
Certificado de reservista
Começo de uma lista.
É título de eleitor
Único identificador
Que pouco te interesse
Hoje, vale o CPF
Código de Endereçamento Postal
Comitê de Ética em Pesquisa
Hoje, somos um número qualquer
Nossa desidentificada vida.

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quinta-feira, 11 de julho de 2024

Visceral

Vísceras expostas
Corpo-mistério
Dos monastérios
Rompes as portas!
Gênero rústico 
De um ser abrupto
Mistura de quase-dor
Com bem-querer-amor.
Sem negar o que queres
Encantas homens e mulheres 
Viver é teu compromisso
Visceral instinto do viço!

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quarta-feira, 10 de julho de 2024

Estações

Este sorriso doce
Cheiro de manhãs primaveris
Exala invernos e verões
Mais que todas as estações.
Os óculos ampliam o olhar 
Distantes manhãs de abril
Lágrimas chegam ao mar
E levam segredos mil.
Teu riso é estrela-guia
O nariz cheira à razão
Os reis serão teus guias
Na dor e na emoção!

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terça-feira, 9 de julho de 2024

Na estrada

Mãos trêmulas seguram
Um espelho embalado
Molambos e plástico preto
Para esconder o reflexo.
Agarrado ao objeto
Ele chega a tocar o teto
No embalo das freadas
Vidas estão enjauladas.
Ônibus entupido de gente 
Dançam para trás e para a frente 
Vidas unidas em uma viagem 
Beiras de estrada e margens
Registradas na memória 
De quem tem sua história.
O motora pisa fundo
Reduz a velocidade
Abraçado ao próprio espelho
O velho esconde o medo.
Nos olhos a emoção
A voz parece arrastada
Aquele espelho na mão 
Reflete as nossas estradas!
O ônibus era só o bagaço
Faltava respeito e espaço 
Mal vencia as ladeiras 
Sempre na marcha primeira.

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segunda-feira, 8 de julho de 2024

Cegueira

 Cego
Perdi o amor por mim
Para só me dedicar a ti!
Sigo
Existo ainda assim
Mantenho a viseira
Para esconder a cegueira!
Nego
Que fui capaz de amar alguém 
Mais do que amo a mim!

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domingo, 7 de julho de 2024

Espelhos

Há dores que ferem a alma
Outras, pura emoção 
Depois de umas, você se acalma
Em outras, sobe a pulsação.
Umas apertam o peito 
Chegam a doer o coração 
Fique de olho neste fato
Porque pode ser enfarto.
Há uma que, às vezes ofusca
Enche de calos a mão
É a que hoje mais se busca
A dor da musculação!
Espelhos de academia
Confundem-se dia-a-dia
Narciso espelho de mim
Busca que não chega ao fim.

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sábado, 6 de julho de 2024

De novo

 O ato de sofrer por amor 
É bálsamo da cura para dor
Alma limpa, espírito leve
Serenidade como se deve!
Em sentimento não há dívida 
Não se investe a esperar retorno 
Ama-se com o melhor da vida
Para, em seguida, se amar de novo!

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quinta-feira, 4 de julho de 2024

Vivi

Vivi 
Vivenciei
Vívidas
Violentas
Verdades
Veementes
Vontades
Valores
Vorazes
Você!

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Cura

Com loucura
Devorei-te
Até com os olhos!
Teu sangue nos poros
Circulava em mim!
Éramos tão impuros
Nos nossos prazeres noturnos
Madrugadas inteiras
De prazeres (quase) insanos!
Nada era profano
E eu perdi o prumo.
Teu cheiro ainda sinto
A despertar meu instinto
Olho-te hoje com doçura
Lembro de cada beijo
Aproveito o ensejo
Para dizer-te: és minha cura!

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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Euforia

Foi forte
Trouxe alegria,
Uma euforia
De tirar o ar.
Espalhou-se 
Esquentou as narinas 
Pele feminina 
A me empolgar.
Corpos grudam-se
Parecem selos
A estampar cartas
E esconder segredos.
Uma alegria

terça-feira, 2 de julho de 2024

Estrutural

Pinto
Repinto
Retinto desenho
De um desempenho
Que cobram de ti
E me deixam solto.
Vítimas desde o leito
De um preconceito
Que dizem não existir.
Quis ser igual 
Quero ser igual 
Mas, é estrutural
O que me separa de ti!

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Sobrevivi

Bati na porta do céu
Ninguém me deixou entrar
Vi outra porta entreaberta
Preferi não arriscar.
Na dúvida entre céu e inferno
Escolhi para a UTI voltar 
Lá de cima me vi de terno
Muito choro ao lado do altar.
A alma voltou para o corpo
Eu que estava quase-morto
Aos poucos, voltei a respirar.
Ganhei novo sopro de vida
Nem quis mais a despedida
E estou aqui a poetar!

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domingo, 30 de junho de 2024

Destemido

Aguerrido
Destemido
Passos firmes:
Dirijo-me a ti!
Trêmulas lembranças 
Éramos crianças
O medo do não
Não era opção.
Agora o sim
Traz você a mim
Frio, choro de medo
Mantido em segredo.

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sábado, 29 de junho de 2024

Natureza morta

Verga a castanheira
Não sobra nem Ingá
Era árvore, está sem eira
Nem encontro mais jucá.
O ser que se diz humano
Trocou a enxada pelo arado
O facão hoje é profano
E o trator está interligado.
A internet incentiva o ócio
Equipa o pasto do agronegócio
Pintura que ninguém esboça:
Natureza morta!

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sexta-feira, 28 de junho de 2024

Serenidade

A tranquila idade 
De quem tem
A serena idade
De paz transmitir.
Ao sorrir 
Ao falar
Ao deixar o mundo cair
E, ainda assim, não se abalar.
Ou fingir que não se abala
Quando a dor dói fundo 
E ainda a marca!

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quinta-feira, 27 de junho de 2024

Irreal

Procuro modelos
Neste espelho
Irreal
Da Inteligência Artificial.
Para ser competitivo 
Tenho de ser disruptivo
Corrida impulsionada
No Universo acadêmico 
Onde tudo vira nada.

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quarta-feira, 26 de junho de 2024

Culpa

Sentir a dor
Da vergonha
Que se causa aos outros:
Culpa
De quem não se culpa
Vergonha;
De quem não sente vergonha 
Sem se arrepender.
Culpe-se;
Mas, não a culpe
Pela vergonha
Quem nem foste capaz de ter. 

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terça-feira, 25 de junho de 2024

Rabiscos

Pedaços de nós 
Rabiscos de um amor intenso 
Estilhaços de tempo
Que se renderam ao passado.
Lembranças vividas
Moldadas em nuvens
Réstia de saudade:
Conheci a felicidade!

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segunda-feira, 24 de junho de 2024

Enverga

Ela enverga
Mas não se verga
A este poder
Que nos governa.
Nem se ajoelha
Ou se aconselha
Aos pés de alguma
Santa Cruz dita.

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domingo, 23 de junho de 2024

Oferendas

Que se esvaiam
As lendas 
E me o venham
As oferendas
Que o teu corpo
A mim entrega
Neste altar:
Pleno domingo!

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sábado, 22 de junho de 2024

Solitária

Solitário 
Na solitária 
Prisioneiro
Da societária 
Sociedade
Sem limerdade.
Que me prende
Para se sentir solta!

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sexta-feira, 21 de junho de 2024

Bibelô

 Quero respirar 
Você me sufoca 
Quero amar
Você não me deixa
Quero voar
Você me tora as asas
Pássaro na gaiola 
Que você isola
Diz que sou flor
Sinto-me bibelô 
Mero objeto
Desse teu abjeto
Estranho amor.

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quarta-feira, 19 de junho de 2024

Flora

O teu abraço 
Tira-me o espaço 
Do respirar!
A pele eriça
Um fogo atiça
Perco o ar.
O rosto queima 
Sinto tua seiva
Ao inalar.
É um tempero
Este teu cheiro
A dominar.
O ambiente
Quer haja gente
A nos olhar.
O corpo aflora
Por ti implora
Flora.
A alma aquece
Fauna e flora
Quando teus braços
Em mim se enrola.

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terça-feira, 18 de junho de 2024

Coisas

Você me quer
Querendo coisas
Que eu nem sei
Se as posso dar.
Sinto-me menor
Que talvez seja
Menos daquilo
Que  me ensejas.
E se me vejo
Não me enxergas
Se te desejo
Não me entregas.
O amor tem coisas
Tão escondidas
Poucas vezes correspondidas
E entendidas. 

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segunda-feira, 17 de junho de 2024

Fome

Pelo telefone 
De longe 
Devoramos um ao outro:
Mortos de fome!
Pelo WhatsApp 
No teu touchscreen
Sinto teu catchup 
A lambuzar em mim.
Tua maionese
Tempera meu azeite
Corpos em exegese
É nosso deleite.

domingo, 16 de junho de 2024

Flores

Flores
São como amores
Jamais se repetem
Como as dores.
São únicas 
Inequívocas
Singulares
Seja nos lares
Ou nas vielas.
Flores
Odores
Dores
E amores:
Únicas possibilidades de vida!

sábado, 15 de junho de 2024

Riso

Meu riso parece terno
Nem sempre é eterno
Às vezes, ele esconde
A dor que chega ao longe.
Rio pode ser de lágrimas 
Riso também é de amor
Espero que tu me tragas 
Desejos de ser só flor.
Flor de muita esperança 
Que brote de cada cor
Que esconda a desesperança 
E me devolva o amor.

quinta-feira, 13 de junho de 2024

Pouco

De dor não se fala 
Se sente
A menos que sente
E olhe pra frente 
Sem sentir falta
Da paixão inocente.
Sentar e sentir
São verbos diferentes
Que dizem sem falar 
O que ninguém sente.
Sinto sentir tão pouco 
De tudo o que é louco
Porque sou poeta
De louco tenho um pouco.

quarta-feira, 12 de junho de 2024

Sem nexo

 Amor é…
Mais que sexo
Sem nexo.
Complexos entrelaços
Abraços 
Que se revigoram
Quando não estouram;
Um vai para cada lado.
Destroçado 
Abalado
A negar a própria fé 
Até algo novo
Queimar feito fogo
Reacender a chama:
Voltas a dizer que amas!
Amor não tem gênero:
É efêmero;
Num vai-e-vem:
Prende-e-solta
Os olhos brilham de volta
A vida: em um sopro salta!

terça-feira, 11 de junho de 2024

Trajetória

 

Convexas conversas
Acordam- me
O corpo
Tosco.
A pele reflete
Marcas do tempo
Até o vento
Atinge mais forte.
Sucessivos dias
Sucessivas lutas
Ingratas, inúteis
O fim é a morte!


domingo, 9 de junho de 2024

Teu tom

 

Pesadas barras

Seguras por nós

Na garganta

Espanta.

Descem ao coração

Jogam no chão

O que foi construído

Lapidado, desgraçado.

Alma languida

Suja pelo batom

Do teu tom

De machucar.

Ecos


Vozes se espalham

Encalham pensamentos

Absortos

Solto

Por um mundo vão.

Em vão

Serpenteiam

Montanhas e vales

Que já nem valem

Destruídos

Queimados

A sangrar

Gotículas de lágrimas

Entre árvores

Rios secos

Que secam almas.


Postagem do dia 09/06/2024

 

Lúgubres


Nuvens passam

Como alados

Cavalos

Desenham-se na montanha

Sem nome

Que te cerca.

Em um susto e um surto.

Perco o sono

A vida me abandona

Some a identidade

De quem, talvez,

Nunca a tenha tido.

Esquecido

A passo largos

Pela cidade

Troco vielas

Por favelas.

Assusto-me

Com o que nem consigo ver

A perambular por um horizonte

Que esconde desenhos

Lúgubres imagens

Que se desfazem

E se refazem.


Postagem do dia 08/06/2024


Jovial idade

Desaba o sol

Desce o céu

O que era meu

Virou teu

O que era mel

Transformou-se em fel.

Amargor

Ácida vida

Tonto é veu

Das feridas.

Rugas que marcam

E matam

A jovialidade:

Coisa da idade.

Vale a interior

Coisa anterior

Alma jovem

Jamais morre.

Postagem do dia 07/06/2024