Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Rota das estrelas


Na rota das estrelas
Fui parar em Teixeira
Quem sabe, para tê-la
Pela vida inteira.
Tudo caminha na direção
De uma intensa paixão
Um sentimento sagrado
Que seja muito abençoado.
E possa, em tudo brilhar
Com o jeito de nos amar
E a nossa felicidade
Contamine a cidade.


segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Para sempre


O para sempre
Pode ser agora
Ou durar 20 anos
Só não pode é comprovar
Que o amor foi desengano.
Amamos e deixamos de amar
Sem precisar odiar
Hoje para sempre respeitamos
Àqueles que um dia amamos.


domingo, 29 de dezembro de 2019

Incomensurável


O bem que você me faz
É impossível de ser medido
Porque sentimento afável
É sempre incomensurável.
Por isso não há valores
Que possam mensurar
Quaisquer tipos de amores
Que venhamos a amar.
Até o infinito do mar
Parecer ser mais bonito
Eleve os olhos para o ar
E vejo o quanto é infinito.