Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Profano

Lá se foi um ano
Da mais louca magia
De uma doce fantasia:
Amor quase profano.
Capaz de derrubar templos
Destruir sentimentos
Para no mesmo lugar
Construir um outro amar.
Feito de dores e odores
Cheiro de corpos ávidos
Pela volúpia dos amores
Que nos pôs lado a lado.
Por mais que pareça insano
Louvo mais este ano
Da loucura mais sadia
Que se faz amor dia-a-dia.


terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Divertido

É um momento mágico 
Rir, pra não ser trágico 
Lembrar quando começou  
Nossa história de amor. 
Pode ser divertido 
Um amor tão sofrido 
Marcado pela distância 
Mas também pela esperança. 
De viver pra te amar 
Sem ter de me afastar 
Para qualquer atividade 
Que provoque saudade. 
Que seja um amor divertido 
Muito bem resolvido 
Fonte de alegria 
Misturada  magia. 

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Desespero

Toma-me inteiro 
O desespero 
Todas as vezes 
Que não a vejo. 
Nem em SMS 
Ou a ligar 
Não ouço tua voz 
No celular. 
Não sei o que houve 
Se foi mal sono 
Ou um leve sinal 
Do meu abandono. 

domingo, 28 de dezembro de 2014

Silencioso

Fico assim
Meio sem jeito
Uma dor fina
Dentro do peito.
Ouço sussurros 
Vindos da alma
Que me apelam
Para ter calma.
É o que mais tenho
E te espero
Amo-te em silêncio 
A ti venero.

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sábado, 27 de dezembro de 2014

Divindade

Pareço tonto
De tanto te amar
Com tanta saudade
A suportar.
Toda a distância
E a inconstância
De um amor
Que, às vezes, é dor.
Dor e demência
Com tanta ausência
Fé e vontade
Em ti, divindade.


sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Destino

Salivo 
Vivo 
Sob o crivo 
Da saudade. 
Ensaio 
Não saio 
Ficar contigo 
É o meu destino. 
De menino 
Aos cinquenta 
Que não aguenta 
Esperar 
Por te amar  

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Aqui

Eis-me aqui
A esperar por ti
Gotas de felicidade
Gosto de saudade.
Gesto de esperança
De fé na bonança
Falta de você
Desejo de te ter.
Aqui e agora
Roupa toda fora
Corpos colados
A viver lado a lado.


quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Preciso

É de saudade que eu vivo
É de ti que eu preciso
O que ainda me consola
É não conseguir ir embora.
Cada vez que parto
Volto ao nosso quarto
Como parte da mente
Para seguirem frente.
A te amar mais
Como ninguém faz
E ninguém jamais o fez
Sempre e qualquer vez.


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Desígnio

Deve ser algo escrito
Por um deus de bondade
Nosso amor aflito
Carregado de saudade.
Que mata, fere fundo
Apossa-se do nosso mundo
Desarma cada ser
Com este jeito de querer.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Respostas


Às vezes é impossível
Entender o incrível
Amor que nos moveu
Como tudo aconteceu?
Respostas não temos
Saber é o que queremos
Viver sem ti é absurdo
Que me deixa muda.
E mudo não respondo
A saudade se impondo
E eu a não entender:
Como, tanto, te querer?

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domingo, 21 de dezembro de 2014

Amo-te

Um cheiro de saudade
Toma conta do lugar
É você quem me invade
Com este desejo de te amar.
De te comer com os olhos
E me apoderar do teu ser
Para longe ou perto dos poros
Sentir arrepios de prazer.
Prazer de te ter inteira
Nua em minha cama
Amo pensar besteira
Quando você diz que me ama.

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quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Condenado

Quando penso em te tocar
E este ato ser condenado
Fico a me perguntar:
É pecado amar e ser amado?
Se pecado não o é
Por que parece sê-lo
Amar é um ato de fé
Pecado é não fazê-lo.


quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Tentei

Tentei tanto, meu amor
Dizer algo, falar contigo
Ouvi sempre, com muita dor
Linha ocupada, hoje não consigo.
Bate um desespero, uma ansiedade
A se misturar com a saudade
Sou peixe sem água, sem ouvir tua voz
Com tanto silêncio, o que será de nós?
Resta-me esperar e tentar de novo
A fé nos nosso amor, sempre renovo
Amo-te demais, só agora sei
O quanto tentei e o quanto te amarei.


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Confio

Confio,
Que não tenha de viver no vazio
Que por trás do silêncio sepulcral
Não haja nenhum mal.
Tomara, seja coisa de momento
E não algum impedimento
Algo que te obrigue a me esquecer
E me faça, por ti morrer.
Creio,
Seja apenas meu anseio
De estar sempre grudado
Mesmo que não esteja ao teu lado.
Espero,
Você que eu tanto venero
Como uma mensagem ou um alô
Para declarar todo o teu amor.


segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Algodão

Devo estar pleno de desejo
Com os poros na palma da mão
Porque olho pela janela e te vejo
Nas nuvens de algodão.
Nem o barulho das turbinas
A corrida e os gritos de meninos e meninas
Tiram-me essa ideia louca
De vê-la, la fora, sem roupa.
É como se o algodão das nuvens
Fosse moldado pelo avião
E desenhasse tuas curvas
No doce da minha imaginação.


domingo, 14 de dezembro de 2014

Totalmente

Transformei você em parte
Do meu coração, por inteiro
Para viver este amor  com arte
Tornei-me livre, pra ser prisioneiro.
Amar, talvez,  seja pouco
Devo estar,  também,  louco
Loucura mais que saudável
Fiz de ti meu ser venerável.
Rogo em vida ou na morte
Que os deuses nos cubram de sorte
E me permitam pelo menos um dia
Ser plenamente teu: que alegria.


sábado, 13 de dezembro de 2014

Para ti

É um absurdo
Esse amor inconcluso
Que me tira do prumo
E mudou o meu rumo.
A vida caminhava
Mais igual do que nunca
Eu nem imaginava
Tua pele branca.
Desapeguei de tudo
Da vida desregrada
Para te fazer meu mundo
Viver para ti, amada.


Cumplicidade

Nossos olhares se cruzam
Quase que se acusam
De tanto desejo reprimido
Revelado em um sorriso.
Que sai do canto dos lábios
Em meio há tanto sábios
Demonstras a simplicidade
De um amor que deixa saudade.
Até mesmo quando estamos
Um ao lado do outro
E sempre precisamos
Fingir que não nos amamos.
É nesse cumplicidade
Que se faz simplicidade
E sela pra sempre o nosso amor
Apesar de enfrentarmos a dor.



OBS: Post do dia 12/12/2014

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Passa

Passa o tempo
A vida também
E eu no relento
A esperar alguém.
Que não vem
Que já veio
Que eu tenho
Mas não vejo.
E se vejo
Não posso
E se posso
É arriscado
Qual o motivo de eu ainda não viver ao teu lado?


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Impensáveis

A boca suporta
A saliva ativa
As glândulas
Que molham
Exalam
Odores
Impensáveis sabores
Quando te olhava passar
E jamais imaginei te amar.