Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 14 de agosto de 2011

Teu homem digital


Não desejo o teu corpo
Porque é de carne e osso.
Quero estar na tua alma.
Presente a cada dia.
Ser teu tu, tua poesia.
Estar diante de ti.
Até no ar que respiras.
No suor que foge da pele.
No cheiro natural que exalas.
Quero estar no teu quarto,
Na tua sala.
Na tua mesa de trabalho
No topo do teu Lap Top.
Dominar teu Facebook.
Ser seguidor no teu Twitter.
Ser cada letra do teu SMS.
Morar no teu MSN
Transformar-me em Bit e Bites
Dominar teu mundo virtual.
Ser para o todo e sempre
O teu homem digital!

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