Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Prece

Basta você ligar pra mim
Ou mandar um SMS
Meu coração faz Plim, Plim
Deus atendeu minha prece.
A face se abre em sorriso
O corpo extirpa a doença
És o que mais preciso
Sinto a tua presença.
Mesmo quando estás distante
Pode até ser na lua
Quero-te mais que antes
Em casa, no carro, na rua.
Loucura tanto querer assim
Eu em você, você em mim
Amo-te com toda força
Quero sempre deixá-la louca.
Aos urros, gritos e espasmos
Ajoelhar-me em teu altar
Viver nossos múltiplos orgasmos
Curvar o corpo, levantar os olhos
Sugar cada milímetro que exploro.


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