Sou mineira,
Assumidamente brejeira
Gosto do cheiro de mato
Da terra nos pés e nas mãos.
Quero acordar pela manhã
Sem hora para levantar
Ou deixar a casa cedinho
Correr pelos caminhos
Que me levem ao curral
Ordenhar vacas, brincar com bezerros
Deixar o suor escorrer pelos dedos
Adentrar a mata, esquecer os medos
E reviver meus tempos de menina.
Descer colina abaixo
Banhar-me no riacho
Rir, gritar, chorar de alegria
Por saborear o gosto de mais um dia.
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