Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Encanto e calma

Teu sorriso me encanta e me acalma
É como néctar para a alma
Leves nuvens de amor.
Flocos de desejos que se formam
Dos nossos cheiros íntimos e suores
Fortes fontes que brotam
Do teu manancial mais proibido
E jorram em tímidas gotas amarelas
Ao invadirem minhas narinas
Com a inconfundível marca feminina
Que é só natural e tua.
Marcante cheiro de mulher que me alucina
Úmida gruta do prazer de onde mina
Indescritíveis gotas do teu líquido natural
Fonte do meu prazer irracional.
Bebo cada gora que de ti sai
Ao morder tua intimidade ouço um "ái"
Que se transforma em um grito lancinante
Entorpecido, amo-te, mais que antes.


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