Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 21 de julho de 2020

Excitação

Quando sinto frio
O corpo entra no cio
Os bicos dos mamilos
Tentam até segui-los.
De tão duros que ficam
Demonstram que me excito
No limite da emoção
Não escondo meu tesão.
Minhas pernas estremecem
Todo o meu corpo padece
Teu cheiro me tira do sério
Você molhadinha é um mistério.
Teu cheiro entra pelas narinas
Sinto-te em cada esquina
Teu gosto em minha saliva
Deixa-me sem esquiva.
Não quero me esquivar
E sim, a ti me entregar
Teu gosto de mulher na boca
Ficar e te deixar meio louca.



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