Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

sábado, 1 de setembro de 2012

Lixo


A política da política baré é lixo
A de Brasília é um lixão.
Ser crápula é necessidade básica
A cretinice é pré-requisito.
Putas e pilantras são alçados
À condição de celebridades
Passam a ser vistos como capazes
De “salvar” uma cidade.
O mito de que o lixo é pobre
Esconde a sujeira de caráter
De quem se finge de nobre.
Roubo e malandragem, porém, não param
São parte da vida dessa “nobreza
Que usa o dinheiro público
Pra realçar a falsa beleza.
Do lixo vieste a ele voltarás
Com dinheiro roubado na conta-corrente
Ser canastrão é tua opção de vida
Mas não consegues enganar toda a gente.

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