Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 16 de setembro de 2012

Teu voto


Tenho de escolher entre um e outro
Para depositar meu voto
Ou até mesmo uma e outro
Ou outro e uma, ou outra e outra
Na hora de decidir em que votar.
Procuro propostas, encontro engodos
E até indícios de corrupção
O bom disso tudo é que esses indícios
Ajudam-me na hora de tomar a decisão.
Político bom não tem passado
Constrói o presente com atitudes
Joga falsas promessas em alaúdes
E enterram nossas desilusões.
Quem paga teu voto não merece tê-lo
Escolha a quem dá-lo com apreço e zelo
E cobre-o durante todo o mandato
Só assim exercerás teu direito de fato.

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