Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Teu abraço


Teu abraço me fez tão bem
Que fico a imaginar
Como pude viver sem.
Teu sorriso em cada esquina
Como se fosse de menina
Esconde tua realeza.
O creme das mãos exala
Um cheiro doce pela sala
Com gosto de simplicidade.
Será, meu Deus, loucura ou maldade
Passar a sentir saudade
Uma falta sem igual
De um ser MUITO LEGAL!?
Oh, força do universo
A ti rogo, imploro, peço:
Guiai o caminho, cada passo
Desse afetuoso abraço.
Que a amorosidade
E o sentimento de respeito
Iluminem nossas almas
Ao ritmo que bate no peito.
Que razão e emoção
Não entrem nunca em conflito
E o teu largo e lindo sorriso
Seja sempre infinito.

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