Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Sem despedida

Se um dia você me deixar
Não quero que haja despedida
Pois mesmo que deixes de me amar
Preservarei TUDO da nossa vida.
Nenhuma outra mulher
Ocupará o teu lugar
Porque o que o meu amor quer
É o teu amor preservar.
Por isso se você decidir
Da minha vida sair
Não quero em nenhuma hora
Perceber que fostes embora.
Preservarei nosso passado
Como se fosse presente
TUDO o que vivi ao teu lado
Não há como apagar da mente.
Vivei só até o último dia
A lembrar da nossa magia
Nosso amor é algo impossível
Por isso sempre foi tão incrível.


Nenhum comentário:

Postar um comentário