Em cada lugar que passo
Revejo a tua essência
O enlace dos teus braços
Compensa a tua ausência.
Se olho o prato de peixe
Espero que não me deixes
Na tapioca com tucumã
Sinto tua língua-romã.
A descer pelo corpo
Sem perdoar orifícios
E desenhar em escopo
Retratos dos nossos vícios.
De se amar e se tocar
Feito bicho no cio
Tua língua a deslizar
E provocar calafrio.
É na quentura dos lábios
Que nos fazemos mais sábios
Mas, se não estás comigo
Sofro de pleno castigo.
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