Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 23 de dezembro de 2012

Natal 2012


Aos queridos amigos e amigas
Meus votos de felicidade
Que este Natal não seja
Mera festa de veleidade.
Reflita, ao menos, sobre as atitudes
Tomadas durante o ano inteiro
Para que a data não seja
Um intenso gasto de dinheiro.
Que a alma da troca de presentes
Não seja uma ode ao ato de gastar
Que o gesto de abraçar o outro
Reflita tua capacidade de amar.
A quem é cristão ou ateu
O que mais importa nesta data
É que façamos da humildade
Ao longo do ano nossa marca.
Desejo a cada um dos teus
O que desejo aos meus
Respeito, afeto e carinho
Ao longo do teu caminho.
Que a amorosidade
Espalhe-se em cada passo
E que durante o ano inteiro
O amor seja presente em cada abraço.

FELIZ NATAL AOS MEUS QUERIDOS AMIGOS E AMIGAS COM DESEJO DE #PAZPRAZEREPROSPERIDADE AO LONGO DO ANO DE 2013!

CHEIROS CARINHOSOS EM CADA CORAÇÃO COM AMOROSIDADE E AFETO!

Um comentário:

  1. Muito além das palavras fortes, que ajudaram no enredo poético desta composição, este poema deixa claro o doce carisma de uma alma ímpar, cuja candura (e às vezes 'diabruras'!) afaga espíritos e enternece intelectos...

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