Somos mero resultado
De somas do acaso
Fagulhas de gravetos
Fogo nas pontas de espetos.
Carnes que queimam e ardem
Esquentam-se mutuamente
Que os desejos não tardem
E nos tornem dementes.
Em meio àquelas fagulhas
Jamais nos sentiremos pulhas
Queremos que nossos corpos
Gozem e nos sintamos mortos.
Para podermos recomeçar
E muitas vezes gozar
Que estes momentos vividos
Jamais sejam esquecidos.
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