Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Bom dia!


Meu dia só começa bom
Quando recebo o teu "bom dia"!
Seja ao vivo ou por telefone
Ou em SMS no Smartphone.
Até o sol que estava acanhado
Agora parece mais ensolarado
O dia que estava sombrio
Ganha luz e novo brilho.
Saber de ti é meu oxigênio
Invade-me como o ar que respiro
Estás em tudo o que faço
Até no suor que transpiro.
Não é diferente quando chega a tarde
Só se torna boa se falo contigo
Chega a noite e bate um desespero
Quando deito e só tenho o travesseiro.
Você chegou e ocupou todos os espaços
Cada milímetro da minha vida
"Bom dia!", "Boa tarde!", "Boa noite!", "Boa madrugada!"
Só assim posso me sentir querida.

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