Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 8 de março de 2016

Honraria

Dependo de ti para tudo o que faço
Do teu aconchego, do teu abraço
És o motivo da minha alegria
Nas pequenas coisas do dia-a-dia.
Se vem a tristeza e preciso de colo
É nos teus braços que me consolo
Refúgio de toda a minha aflição
Guardo-te inteira no coração.
Porque és meu tudo e o meu guia
Intenso encanto e pura magia
Só em teus braços fico em paz
E o teu desejo me faz querer mais.
Viver esta magia que todo homem quer
Ser intensamente amado por uma mulher
Mulher que todo dia é o teu dia
Dependo de ti com toda honraria.


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