Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

terça-feira, 20 de março de 2012

Nosso bem-querer

Nosso sentimento ultrapassa as fronteiras da razão
É um bem-querer feito de pura emoção
Que se derrama em sorrisos, afetos e entregas.
Pouco importam os padrões e regras
Nosso amor é feito de riscos e incertezas
E é nessa mistura do inesperado com o sagrado
Que construo sonhos de ficar ao teu lado
Sem se preocupar com o passar da idade.
Contigo o amor parece não ter prazo de validade
Chego a sonhar que o limite é a eternidade
Quando a cada dia subimos novo degrau.
Acima das nuvens vou a cada encontro
Descubro em ti a sensação de paz
Fica um vazio imenso quando me despeço
Exulto de alegria toda vez que volto
E sinto o teu pulsar em cada novo abraço.
Quisera não deixar-te nem mesmo um segundo
Cuidar desse querer pra que seja infinito
Vibrar todos os dias com o teu sorriso
A cada manhã recomeçar do ontem
Para que a cada dia eu te tenha sempre.


Nenhum comentário:

Postar um comentário