Elas não freqüentam
colunas sociais
Nem figuram nas capas de
jornais
Empenham-se na defesa dos
filhos
Arrancam os espartilhos
A empreender mundo afora.
Deixaram de ser aquelas
senhoras
Que viviam pra servir os
maridos
E tinham de abrir os vestidos
Na hora que eles
quisessem.
Eram puros objetos
De sexo e fantasias
Violentadas se um não
diziam
Donas-de-casas a eles
serviam
Até a hora da morte.
Lutar por independência
Era sinal de demência
Mulher só era respeitada
Se fosse subjugada.
O tempo passa, elas também
Viraram empreendedoras
Deixaram de lado o avental
E o cabo das vassouras.
Ganharam o mundo e o
mercado
Hoje são capas de revistas
Por tudo o que
conquistaram
Transformaram-se em
notícias.
Mãe, mulher, guerreira e
filha
Venceram adversidades
Mas ainda são
discriminadas
Na luta pela igualdade.
Que vençam a guerra diária
Pelo respeito e a
liberdade
E que demarquem para
sempre
O direito à dignidade.
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