Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

domingo, 31 de março de 2013

Meiguice


Teu sorriso é meigo
O olhar quase inocente
Assim tomaste conta de mim
E domaste minha mente.
Acordo com o teu recado
Deixado no meu celular
Chego a ficar desesperado
Porque te deixei a esperar.
O sono superou o meu desejo
Só não apagou aquele beijo
Que sempre sonho em te dar
A cada hora que posso te amar.
E a sós beijo teus olhos
Toco os lábios nas sobrancelhas
É muito lindo teu lábio inferior
Quando mordisco na hora do amor.
Toda a meiguice, beleza e ternura
Mudam para uma intensa loucura
Quando a sós nos entregamos
A esse desejo quase sobre-humano.
A meiga e terna transforma-se em fera
E passa a domar todos os meus instintos
Arranca-me urros, gritos e gemidos
Sussurros de amor ao pé do ouvido.
Exaustos colamos um corpo no outro
E agarradinhos vivemos este sonho
Teu meigo sorriso volta ao rosto
És minha em cada verso que componho.

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