Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

sábado, 16 de março de 2013

Ocupação


Ocupas todos os espaços
Todos os meus pensamentos
Já não sei mais o que faço
Nem como ainda aguento!
Cada segundo longe de ti
É como se fosse uma eternidade
Tua ausência em mim
Quase me mata de saudade!
Sinto o cheiro do teu corpo
Com uma força absurda
Sei cada detalhe do jeito
Como você me desnuda.
O modo como me tocas
A forma como me beijas a boca
Como tua pele me provoca
Teu cheiro me deixa louca.
Tens a essência do pecado
Até nos gestos descuidados
Hoje já não sei mais nem quem sou
Só quero ser tua, MEU AMOR!
Vem, ocupa todo o meu corpo
Invade cada espaço do meu ser
A vida não faz mais nenhum sentido
Se um dia eu chegar a te perder.

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