Pouco tempo após ser elevada à categoria de cidade, Sena Madureira começou a receber uma leva de libaneses, idos de Manaus, vender mercadorias pelas cercanias dos rios Purus e Yaco. Chegaram a transformar a vila num verdadeiro lugarejo, pronto para ser uma cidade. Tanto que, para alguns, a capital do Acre deveria ser Sena Madureira e não Rio Branco. Em pouco tempo, os libaneses eram praticamente donos da cidade.
Jornalista de A Gazeta do Purus, jornal que fez muito sucesso em Sena Madureira, fui designado para fazer uma reportagem sobre a prosperidade dos libaneses. A pauta tinha o sugestivo nome “O segredo do sucesso”.
Donos de uma das maiores lojas de quinquilharias do lugar, Abdul Rassham não era afeito às entrevistas. Tive que procurá-lo umas três vezes até que ele resolvera falar. A rua principal da cidade, hoje conhecida como Avelino Chaves, era chamada “rua dos forasteiros”. Para os moradores do lugar, no entanto, era a “rua dos mão-de-vaca”, “rua dos miseráveis”, e outras denominações nada agradáveis.
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