Os tropeços que passo na
vida
São passos de uma nova
caminhada
Pontos de fumaça ao longe
Que não me deixam ver as
queimadas.
Em redondilhas maiores ou
menores
Ganho o mundo, pego a
estrada
Nas certezas encubro o
medo do desconhecido
Como se de tudo ou nada
fosse feito o meu destino.
Desvendo mistérios ao
longo da viagem
Sinais de fogo marcam
pontos na passagem
Como se o mito do índio,
bom-selvagem
Em ritos transformasse
tudo em miragem
A poeira dos caminhões com
toras de madeira
Embaça a visão, esconde
identidades
Dos responsáveis pela
contínua exploração
Do que ainda resta da
floresta e suas divindades.
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