Adoro esse teu olhar
Que vaga do nada ao
infinito
Feito potro selvagem,
alado
Pradarias envoltas num
sorriso.
Tens fascínio e mistério
em cada gesto
Até no franzir das
sobrancelhas
Nos delírios dos lábios
carnudos
Nos três pontinhos que
acendem centelhas.
Não há saber, nem qualquer
eminência
Com o poder de desvendar
mistérios
Que seja capaz de
descobrir por inteiro
Espaços em branco das tuas
reticências.
És da terra filha, em
lagos imersos
Ofegante estrela a lançar
partículas
Que te transforma em tudo,
por não ser nada
Mera sacerdotisa desse
universo.
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