Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Destino


Às vezes ele se nos apresenta
Em forma de cavalo alado
Nas outras é um sorriso doce e lindo
De uma mulher sentada ao teu lado.
Você chega a imaginar
Que ela está a sua frente
Quando os dentinhos brancos e lindos
A ti são ofertados sorridentes.
Um frio intenso sobe corpo inteiro
Depois desce queimando, em brasa
Oh Deus! É a mulher da minha vida
Quero levá-la pra casa.
Transformá-la em princesa
Rainha ou no que der
Contanto que eu nunca mais a perca
E que seja pra sempre minha mulher.

Um comentário:

  1. Gilson, você como poeta é irretocável, mas como analista político é muito radical,parece que não existem os dois lados; arrefeça mais essa sua contundência;um mente privilegiada qual a sua deveria ser mais maleável. O xiítismo é árido, escasso, infértil...

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