Tempestade de ideias

Lia Ernst Hans Gombrich. Encantado com Leonardo da Vinci, ao anoitecer de uma tarde amazônica. Absorto. Os olhos em “Estudos anatômicos”, laringe e perna, de 1510. Quanta perfeição! Pura arte e anatomia nunca vistas. A última ceia. Mona Lisa. Os olhos deslizam das páginas. À esquerda. Clarões, nuvens, luzes. Sinalizadores do pássaro de aço que da Vinci idealizara. Os olhos voltam-se para as páginas. Mona Lisa. Uma força me impele a erguer os olhos. Duas mãos estendidas por sobre a poltrona 10A chegam a me assustar. O sinal da presença humana tirou-me dos momentos de transe total nos quais vivia cada detalhe de Gombrich sobre da Vinci. A respiração oscilou o ritmo. Um rosto de menina surge entre aquelas mãos, na altura dos cotovelos, lança-me um sorriso terno, infantil e diz; “Tio, porque o senhor deixa aquilo aberto?” e dirige o braço direito para a janela da poltrona 11A na qual eu estava sentado. “É para olhar a nuvens e curtir essa sensação de liberdade”. Sorri. Ela sorriu. “Tomei um susto com as suas mãos”. Ela abriu ainda mais o sorriso. CONTINUA!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Equilíbrio


No signo és equiLIBRAda, na voz sussurrada
Teu rosto é luz, é doce magia
Tanto em cores quanto em preto e branco
Raios que cintilam desse teu sorriso
São vida em poemas, quase acalanto
Do teu canto tiro cores do arco-íris
Pra fazer desenhos que tanto me encantam
Sinto nos teus pelos o que corre nas veias
É fogo, é desejo; sempre que te vejo
Teu sangue europeu desperta loucuras
Teus lábios carnudos: minhas fantasias
Tua Fauna e Flora tiram meus sentidos
Vivo em poemas toda essa magia
Esse sonho louco de tê-la em meus braços
Para o todo e sempre ou pelo menos um dia.

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