Absorto, fixo-me nas asas
dos pássaros
Da vegetação arranco uma
flor qualquer
De pétala em pétala;
bem-me-quer, mal-me-quer.
Não demora e da flor só me
resta o talo
Os pássaros são pontos
perdidos no infinito
A flor debulhada não me
diz mais nada
Semicerro os olhos que se
enchem de lágrimas.
Deixo para trás um talo
separado
Das pétalas, que juntas
faziam sentido
Apartados do viço, da vida
por mim arrancada
Resta apenas o cheiro da
flor quando inteira
Cada pétala descendo rumo
ao chão ressecado
Era fonte de dor e eterna
amargura
Nesse voo doente, minha
mente insana
Transformou flor em dor:formatou
minha loucura.
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